O homem enquanto entidade em movimento percebe, nota, anota, toma nota, a mente humana – e aqui generalizo não falo somente do pensamento ocidental – necessita de regularidade. O pensamento, a estrutura psíquica, ou mesmo a interação fisiológica: cérebro, corpo, inconsciente, nos impõe uma necessidade de organizar, controlar, dar regularidade, mesmo que mínima, mas regularidade.
No aparente caos do universo buscamos ordem, na regularidade do nascer do sol, do chegar das estações moldamos nossa forma de pensar e interpretar o mundo. Entender, ou ao menos querer entender esta tão ligado à coisa homem que fica impossível pensar tal coisa sem esse querer ter, querer entender, sem essa vontade.
Talvez seja este um dos motivos que venham a nos despertar tamanho conforto em todas as formas de pensar o mundo que se utilizam de estruturas e métodos que coloquem o mundo dentro de moldes e parâmetros bem arrumados, tais como: Deus, Ciência, Verdade...
No aparente caos do universo buscamos ordem, na regularidade do nascer do sol, do chegar das estações moldamos nossa forma de pensar e interpretar o mundo. Entender, ou ao menos querer entender esta tão ligado à coisa homem que fica impossível pensar tal coisa sem esse querer ter, querer entender, sem essa vontade.
Talvez seja este um dos motivos que venham a nos despertar tamanho conforto em todas as formas de pensar o mundo que se utilizam de estruturas e métodos que coloquem o mundo dentro de moldes e parâmetros bem arrumados, tais como: Deus, Ciência, Verdade...
Não sou o primeiro nem serei o último a apontar tal fenômeno como regular e comum a maioria se não totalidade da espécie humana. Não o faço inteiramente desprovido de interesse – nem poderia – mas, busco mais uma vez alguma espécie de segurança, não uma segurança para a eternidade, mas um sólido de meia-vida, um que me sirva de porto temporário, para que possa recuperar o fôlego, assim que recuperado novamente me poria a nadar e buscar novamente outro temporário refúgio. Àquele antigo já retornou às profundezas.
Estamos todos convencidos de uma coisa: estamos todos em consenso de que não há consenso. A grande intuição aqui é que mesmo que nossos instintos e corpos continuem a tentar buscar a segurança e o conforto da regularidade, talvez tal coisa não tenha nunca existido nem venha nunca a existir. Seguros estamos hoje, assim como nossos antepassados culturais gregos, que não conhecemos nada, que não conheceremos realmente nada e nunca poderemos controlar realmente nada.
Nossa moderna política, ou melhor, políticos, parecem ter já se adaptado muito bem a essa velha-nova noção de incapacidade – talvez através de outras motivações - , contudo, o que se nota é uma hábil, nova e complicada habilidade de nossos “homens públicos” em não mais buscar modelos, projetos e mesmo ideais que solucionem os problemas sociais. Sua maior preocupação não é dar uma solução, ordenar a sociedade para que funcione de forma mais coerente com as reivindicações de controle e segurança dos homens, muito mais importante, nota este hábil “homem popular” é administrar este caos.
Administrar a falta de controle, administrar o mundo pequeno e limitado, administrar o caos social é a maior habilidade do homem político, o mais cômico de toda esta história infame é que este político sem perceber se adianta numa postura mais honesta com uma condição ética e coerente do homem para com a vida, onde do infinitamente pouco que consigo controlar, quase nada podemos fazer que na perpétua insegurança nos acostumar com o caos e tentar administrá-lo. São muito poucas, mas muito poucas, as coisas em que nós conseguimos afirmar e dizer: “bom esta assim porque eu quero e vai continuar assim”.
2 comentários:
vontade-de-ordem.
agora, será mesmo que já tenha nascido velha a ideia de que democracia se justifica na opção da maioria? que seja. o indivíduo submerge na abobalhada neblina da fantasia - delivery - do 'eu', da tal consciência capaz de escolher.
daí, digo mais, não sei se o 'está bom' é dito, mas o 'eu quero' e o 'vai continuar' já são uma ladainha.
Pois é, o dilema de nosso querido "bigode", é o querer do suposto "eu", demandando "verdade", "justiça", mas ainda assim quererendo, ainda assim, VONTADE.
Vontade de inventar o mundo ou tentar inventá-lo segundo sua fantasia.
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